Se deixo minha visão ir longe a partir da minha janela (e eu quase sempre deixo), meu olhar passa por cima de um bonito casario antigo e segue em frente, tropeçando no topo de algumas árvores, até parar em um
Mamon
Eu perdi a carteira por cinco dias. Mesmo sem sair de casa. Desespero? Não, não. Sabia que era só um ataque de timidez dela, que estava em algum canto. Por isso não cancelei abruptamente meu cartão nem fiz boletim de
sobre a Carta que o Seu Guedes não vai taxar (nem ler)
O dia foi cheio de surpresa boa porque, quando a indignação é coletiva, o grito é mais alto e, portanto, maior a possibilidade do big bang: eu me refiro às mensagens lindas que recebi, logo ao acordar, com o relato
Quadrinha
Em manhã de serenonebuloso é o caminho.Nas pontas dos galhospendem diamantes.
fotofobia crônica
para sempre, roldanas
Lembro do Mauri me dizendo que, misericórdia, eu estou virando uma múmia na quarentena, e a risada incontida faz doer ainda mais as escápulas, ambas inteiramente enfaixadas; entre mim e salonpas, uma relação de amor à menta. A dor não
coleção de bolitas
Assisti a primeira parte de um documentário sobre o filme Ponyo, o qual eu não gostei. O diretor imaginou uma personagem e criava quadros-marco da narrativa, a qual escrevia depois. Foi interessante perceber o esforço criativo em torno de uma
O luto de hoje
Eu tenho um amigo que é mecânico de aviões faz vinte anos e que tem o mesmo gosto pelas entranhas das máquinas como os colegas que atendem carros. Hoje contou-me que a empresa para qual trabalha faz meses está operando
dupla saudade
– Deixa comigo!Arqueei as pernas e estendi as mãos para receber a bola numa manchete. Foi assim que nessa madrugada senti de novo o couro da bola de volei, a adrenalina e o cansaço de uma partida; um sonho com